quarta-feira, 7 de outubro de 2009

2016

Sobre essa coisa de toda de Olimpíadas que todo mundo agora não pára de falar eu não tenho uma opinião muito formada, mas acho que vai ser bom. Eu sei, tá bem, pode ser mais uma forma dos políticos superfaturarem as obras e garantirem suas viagens internacionais e mansões milionárias. Mas bem, pensando pelo lado positivo, realmente pode trazer muitos benefícios a todos nós. Dessa vez, eles serão "obrigados" a dar um jeito nesse caos que é o Rio, porque, convenhamos, como imaginar Olimpíadas aqui?
Então, já vi no jornal que vão fazer mais linhas de transporte coletivo (apesar de toda essa palhaçada do Eduardo Paes com o transporte alternativo), terão câmeras pela cidade fiscalizando e um monte de outras coisas que já eram necessárias, mas os governantes só fazem pra não ficar feio pro mundo - e o brasileiro é o último que importa.
Até agora não tem nada que me faça achar possível um evento desse porte no Rio (ou no Brasil) porque, sinceramente, a cada dia que saio de casa tenho medo de perder minha vida. E não é neurose minha não, até o pacato bairro onde moro já tem adrenalina de um assaltinho ali, um sequestro acolá.
Na verdade, eu quero é ir embora daqui pro interior, cidade pequena, bichos, plantas, "nooooite", "diiia" e afins. Cansei dessa budega.
Tudo bem que não há nada que me deixa mais feliz do que um bom funk pra dançar e uma cervejinha gelada para beber num barzinho da lapa, mas quando mete bolso e principalmente, vida no meio, mermão, não vale a pena.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Maysa

Se existe apenas uma alma gêmea para cada um de nós, o que fazer quando ela está morta?





Sem dúvida, essa mulher é meu alter-ego - por mais que eu não me orgulhe disso.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Faculdade

Hoje, as palavras do meu professor deram-me uma grande força para continuar minha saga pelo mundo jurídico...

"Doutores, não venham me falar que estudar é legal porque todos sabem que é uma merda! O bom é o resultado que isso gera. Agora, o estudo em si é um saco! Ainda mais aqui, onde se tem sol, praia, noites cariocas... Mas um dia, doutores, vocês terão que abdicar dessa vida. O que eu aconselho é: não tenha amigos, não tenha amores, largue filhos, família, emprego e arrume alguém para te sustentar. Alugue um flat na Barra da Tijuca... viva sozinho, estudando o tempo todo. Vai ter muita gente com raiva de você, seus amigos vão falar: 'pra mim, ele morreu'. Passe uns três anos assim. Depois, envie convites da sua formatura e posterior posse de um cargo bom. Todos comparecerão e ainda vai ter um cara de pau pra dizer: 'eu deixei você sozinho porque queria te dar força!' Cedo ou tarde, doutores, isso vai acontecer, então é melhor começar desde já, não é mesmo?! Aliás, será que você quer mesmo Direito? Quer um teste? Vá a Defensoria Pública! Ou você tenta suicídio ou você cai fora ou você é louco e continua. O mais recorrente é encontrar alunos que, depois dessa experiência, falem 'Oi professor, larguei direito! Tô fazendo moda/gastronomia... sempre foi meu sonho!' É, doutores, pensem bem, gastronomia é mais gostoso..."

Isso foram palavras apenas. Eu estagiei durante mais de um ano no Tribunal de Justiça e mexia em processos de 1944, 48, 56... eram os descendentes dos descendentes tentando mais uma vez. Os papéis rasgados e amarelados de uma época que nosso estado ainda não se chamava Rio de Janeiro. Eu estava do outro lado e ficava indignada. Imaginei-me como advogado de um processo desses ou pior ainda, a parte autora. Mas, apesar de tudo, o futuro somos nós estudantes e podemos tentar alguma coisa...

Se tivesse um buddypoke no blog meu humor seria: "altamente estimulada!"

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Inteligência emocional

Na minha tragetória em busca da inteligência emocional que eu nunca tive, aprendi algumas coisas...
Namorei por mais de cinco anos e no meu caso, que terminei aos 20, esses cinco anos pareceram minha vida inteira. Quando me vi solteira a primeira coisa que veio a cabeça foi: APROVEITAR! Queria viver todos esses anos de namoro em uma noite só e não sabia lidar com as situações que essa vida de solteira às vezes nos impõe. Tive muita sorte, não posso negar; nunca fiquei com um cara que me tratasse mal, por assim dizer. Na verdade, foi bem o contrário.
O problema é que quase sempre carregamos alguns traumas depois dos términos de algum tipo de relacionamento. Eu, por exemplo, morria de medo de perder alguma oportunidade. Pensava que sempre havia a possibilidade de ser melhor, então não conseguia me apegar a ninguém por medo de ter outra pessoa melhor à minha espera. Já um amigo meu contou-me que com ele acontecia o contrário: ele pensava que não ia encontrar nunca alguém melhor e se entregava por inteiro cedo demais. E são esses transtornos e complexos que muitas vezes nos cega.
Mas sabe o que eu percebi? Que podemos aproveitar a dois também e muitas vezes é até melhor. Aprendi que é muito fácil se divertir com dinheiro, por isso a gente descobre o amor por momentos simples. Quando você gosta de apenas "estar" com a pessoa, não é necessário distrações. Até porque, vocês terão distrações muuuito melhores, não é?
Mas se se divertir com dinheiro é fácil porque você pode ir aos melhores eventos e nunca se preocupar com a conta, gostar quando não se conhece os defeitos e manias é muito mais conveniente. Na fase de paquera todos são perfeitos: ninguém tem mau hálito quando acorda, ninguém tem problemas com a família chata ou cabelo desarrumado. A saída é parar e pensar: se eu precisasse olhar o que o garçom cobrou a mais ou se ele (a) não tivesse um Trident sempre à mão, será que seria tão bom?

Dizem por aí que o amor é complexo, eu discordo. O amor é simples: é gostar de estar perto; é sentir que outra parte te completa e te preenche de tal maneira que se está longe, você morre de saudade; é sentir calor quando a pele dele (a) encosta na sua e mais ainda quando a mão dele (a) te acaricia... é olhar nos olhos da pessoa e pensar "não poderia ser melhor".

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Crise mundial?

Texto de Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial:

"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.



Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar. Se quiser, repasse, se não, o que importa?
O nosso almoço tá garantido mesmo..."